Manel pimba...

Cantadas pelo Manel, esta manhã:

"O meu amor partiu o pé,
Telefonei ao 115.
O 115 não atendeu."

"Fui à Bélgica de avião
Pisquei-lhe o olho
Apertei-lhe a mão
O que ela queria era um beijão!"

As vantagens de ter manos

Por proposta dos pais de uma colega da Maria, todos os dias de escola a mãe da colega leva as duas e eu trago-as no final do dia. Lá atrás, as conversas entre as duas são muitas e variadas. Eu, quando me restam algumas faculdades e capacidades (entenda-se, paciência), lá me ponho à escuta. Um destes dias, a outra pequena (em jeito de competição e desafio) disse que quando chegasse a casa ía brincar com uma vizinha e rapidamente questionou a Maria se tinha vizinhas com quem brincar. A Maria respondeu que tinha mas que não ía brincar com elas. Naturalmente, a colega questionou porque é que que não ía brincar. Respondeu que "não" porque tinha "irmãos com quem brincar". A colega não estava à espera da resposta e do tiro lhe sair pela culatra. De imediato trocaram papéis e a Maria passou a atacar: "Tu não tens irmãos, por isso e que tens de brincar com a vizinha" e outras mais pesadas, como "porque é que não pedes irmãos à tua mãe". Tive que parar com a conversa, pois a colega não estava a gostar.

Muito à frente

Os programas educativos do Magalhães são tão à frente, que quem brinca com eles é o Manel, um pequeno com 5 anos, fora da primeira idade escolar. A apropriação das figuras históricas por este governo é de tal modo duvidoso, pois se o Fernão Magalhães tivesse a escola de hoje a viagem de circum-navegação resumia-se a uma volta por Chelas.

Arroz de pato

Ao almoço, a avó preparou um arroz de pato que faz as delícias dos miúdos e graúdos cá de casa, excepto da Maria que dispensava aquela "carne que sabe mal". Ao "não quero" seguiram-se naturalmente as lágrimas e a minha voz sentiu-se. Lá comeu.
À noite. A avó deixou generosamente o manjar que alimentou a netada ao jantar. A Maria entre dentes disse "outra vez!!!" Eu olhei e ela respondeu: "Pronto, vou fazer um esforço." E comeu.